Vulcão dos Capelinhos


O Vulcão dos Capelinhos, situa-se na Região Autónoma dos Açores, na Ilha do Faial, Freguesia do Capelo, na Ponta dos Capelinhos.

Nas Ilhas dos Açores existem muitos vulcões considerados activos, não só nas próprias ilhas como nas suas proximidades.
A última erupção aconteceu em 1957-1958 na Ilha do Faial.

O vulcão dos Capelinhos é o resultado de erupções vulcânicas que ocorreram no século XX.
Situa-se na ponta oeste da Ilha do Faial e resultou de erupções vulcânicas que ocorreram entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958.

O nome Capelinhos deve-se à existência de 2 ilhéus chamados "Ilhéus dos Capelinhos".

As várias erupções vulcânicas causaram vários sismos que destruíram a maioria das casas e dos campos das freguesias do Capelo e da Praia do Norte.

De 16 a 27 de Setembro de 1957, sentiram-se na ilha do Faial mais de 200 sismos, mas com uma intensidade não superior a 5º da Escala de Mercalli.

Inicio da explosão

No dia 21 de Setembro de 1957, a água do mar começou a fervilhar.
Três dias depois, a actividade aumentou, havendo emissão de jactos negros de cinzas vulcânicas de cerca de 1 000 m de altura e uma nuvem de vapor de água que subia por vezes a mais de 4 000 m.

Nuvem de vapor de água

A 27 de Setembro, iniciou-se uma erupção submarina a 300 m da Ponta dos Capelinhos.
Erupção submarina
A partir de 3 de Outubro, as explosões de piroclastos (pedaços de rocha sólida que são deitados para o ar pela erupção de um vulcão) e a erupção, evoluiu formando primeiro uma ilha a 10 de Outubro, chamada de "Ilha Nova" (e ainda, por "Ilha do Espírito Santo" ou "Ilha dos Capelinhos").

Com o aparecimento de um istmo (uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que une duas grandes extensões de terra), ao fim de poucos meses, a ilha liga-se à Ilha do Faial.


Em Novembro de 1957, aumentou progressivamente a actividade atingindo o seu máximo na primeira quinzena de Dezembro, surgindo um segundo cone vulcânico.

A 16 de Dezembro, depois de uma noite de chuvas torrenciais e abundante queda de cinza, terminou a actividade explosiva tendo começado a lava a sair de dentro do vulcão.
Nestes meses, as erupções assumiram ora o aspecto de repuxos e torrentes de lamas, ora o aspecto de fortes explosões acompanhadas da formação de nuvens de cinza.

Erupção submarina


A 12 de Maio de 1958 deu-se um novo aumento da actividade do vulcão, que expeliu jactos de lava com cerca de 50 m de altura.
De seguida o vulcão entrou num período de acalmia.
Em resultado da erupção, a área da ilha aumentou em 2,40 km².

Actualmente, essa área ficou reduzida em cerca de metade devido à natureza das rochas e à acção das ondas.
No Cabeço Norte, existe uma pequena fenda que é um respiradouro do vulcão.


Entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958, a crise sísmica associada à erupção vulcânica e à queda de cinzas e materiais de projecção, provocou a destruição da maioria das casas, o soterramento do farol e campos das freguesias do Capelo, da Praia do Norte e Cedros.



Após esta catástrofe natural, as pessoas abandonaram o seu próprio país e emigraram, o que contribuiu para uma diminuição da população do Faial.


Devido à intensidade sísmica ter aumentado gradualmente não se registaram vítimas mortais.
Contudo também existiram consequências vantajosas para a Ilha do Faial, pois ocorreu um aumento do turismo, principalmente na região de Capelo, contribuindo assim para o sector económico.

Portugal passou assim a ter um aumento de alguns quilómetros quadrados na sua área.

Hoje em dia, o vulcão dos Capelinhos encontra-se inactivo.

Todo o arquipélago dos Açores tem origem vulcânica, sendo a Ponta dos Capelinhos um dos locais onde, actualmente, é possível observar o que resta das últimas manifestações da actividade vulcânica no Faial.

Toda esta área foi constituída como área de paisagem protegida de elevado interesse geológico e faz parte da Rede Natura 2000.

O Farol dos Capelinhos, foi transformado num miradouro, e junto deste, instalou-se o Centro Interpretativo do Vulcão.

Foi criada ainda uma Associação dos Amigos do Farol dos Capelinhos, com o objectivo da criação do Museu Geológico do Vulcão dos Capelinhos, que documenta toda a sua actividade eruptiva.


O Casal do Vulcão nasce de uma das ruínas provocadas pelo Vulcão dos Capelinhos.
O nome "Casal do Vulcão ", surge devido à posição das casas e do prédio, localizados no lugar do Canto, próximo do Vulcão dos Capelinhos, resultando o nome do lugar provavelmente do Cabeço sobranceiro ao prédio, o Cabeço do Canto.


Este local disponibiliza um conjunto de quatro edifícios e uma cisterna para utilização turística, no âmbito do Turismo em Espaço Rural, na modalidade de Casas de Campo.


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