A Quinta de Guadalupe

A Quinta de Guadalupe é uma espécie de paraíso mesmo no centro da vila de Golegã. Da praça, em frente ao Café Central, Manuel dos Santos "continua a olhar" para a casa seiscentista que adquiriu em 1953 e que recuperou e remodelou interiormente conservando-lhe a traça original. A larga fachada principal da casa é revestida de janelas e abre-se sobre o pátio de terra batida, em frente do pomar de laranjeiras mandado plantar pelo toureiro. O nome da Quinta foi atribuído pelo toureiro em homenagem à Virgem de Guadalupe, padroeira do México.
Na Quinta, hoje habitada por Manuel Jorge dos Santos (filho do toureiro) e família ainda hoje está recente a vida do grande homem que foi Manuel dos Santos. Na Quinta de Guadalupe podemos ver a tertúlia, o museu e até mesmo uma pequena capela.
Na tertúlia podemos observar um grande quadro a óleo sobre a lareira que retrata o matador, diversos cartazes de corridas, estantes repletas de livros sobre tauromaquia e na parede em frente à lareira existem duas cabeças de toiros lidados por Manuel dos Santos sendo uma delas do toiro da sua alternativa e a outra do toiro que toureou na sua ultima corrida.
No museu existem fotografias, troféus, lembranças de amigos, de instituições, capas bordadas a ouro e outras recordações de um dos maiores toureiros portugueses e na capela Manuel dos Santos fazia as suas orações e pedia a bênção divina, antes de partir para as corridas.

No altar está pintada em vitral a Virgem de Guadalupe. Sobre o altar encontra-se ainda um pequeno oratório que Manuel dos Santos levou para todas as praças onde realizou corridas.

Era na Quinta que Manuel dos Santos treinava para as grandes corridas de toiros. Haviam ainda outros toureiros que querendo melhorar as suas capacidades iam para a Quinta treinar. A Quinta de Guadalupe guarda muitos dos segredos da vida do Homem que adoptou a Golegã como sua terra natal.

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