A sua teoria revolucionária está contida numa breve frase: “Cogito, ergo sum”, que significa: “Penso, logo existo”. Mas estas poucas palavras encerravam mais matéria explosiva do que toda uma biblioteca. A frase de Descartes conquistou e alterou todo um século.
Actualmente torna-se difícil compreender como uma filosofia cujo lema era “cogito, ergo sum” foi considerada tão revolucionária. Talvez o facto seja mais compreensível se atentarmos no caminho seguido por Descartes para chegar a esta conclusão: esse caminho era o de dúvida radical.
Para ele nada havia de absoluto, duvidando de evidências tão simples como 4 + 2 = 6. As impressões sensoriais, os sentimentos, as ideias eram um facto e, no entanto, nenhum deles constitua uma certeza. Certa era apenas a própria vida, como certa era a existência daquele que duvidava. Mas como duvidar é pensar, também era certo que só ao pensamento fora dado existir.
Descartes exprimiu esse pensamento decisivo (nos diálogos da obra “La Recherche de la Vérité”) da seguinte forma:
“Como não podes duvidar da tua dúvida e como é certo que duvidas, tão certo que não podes duvidar, também é certo que tu que duvidas, existes, e isto é de tal modo verdadeiro que nunca mais poderás duvidar desta verdade”.
Os eternos problemas teológicos acerca da existência de Deus, da alma, da eternidade, eram colocados em segundo plano, pois em vez deles Descartes reclamava que se pesquisasse a capacidade de pensar do ser humano e não os objectos do pensamento, não admira que aos olhos dos teólogos e filósofos passasse por culpado de ateísmo (descrença em qualquer Deus).
Deste modo, não só influenciou a evolução de todas as correntes de pensamento posteriores como as orientou num sentido que, cem anos mais tarde, terminou com a “Crítica da Razão Pura” de Kant e com o Século das Luzes. Perante a importância deste facto há tendência para relegar para o esquecimento, como meras curiosidades, outros pormenores do seu trabalho. Assim, concebia o corpo humano como uma máquina complicada, cujo órgão de comando era a alma pensante situada na glândula pineal (ou epífise que se situa entre os dois hemisférios do cérebro).
Actualmente torna-se difícil compreender como uma filosofia cujo lema era “cogito, ergo sum” foi considerada tão revolucionária. Talvez o facto seja mais compreensível se atentarmos no caminho seguido por Descartes para chegar a esta conclusão: esse caminho era o de dúvida radical.
Para ele nada havia de absoluto, duvidando de evidências tão simples como 4 + 2 = 6. As impressões sensoriais, os sentimentos, as ideias eram um facto e, no entanto, nenhum deles constitua uma certeza. Certa era apenas a própria vida, como certa era a existência daquele que duvidava. Mas como duvidar é pensar, também era certo que só ao pensamento fora dado existir.
Descartes exprimiu esse pensamento decisivo (nos diálogos da obra “La Recherche de la Vérité”) da seguinte forma:
“Como não podes duvidar da tua dúvida e como é certo que duvidas, tão certo que não podes duvidar, também é certo que tu que duvidas, existes, e isto é de tal modo verdadeiro que nunca mais poderás duvidar desta verdade”.
Os eternos problemas teológicos acerca da existência de Deus, da alma, da eternidade, eram colocados em segundo plano, pois em vez deles Descartes reclamava que se pesquisasse a capacidade de pensar do ser humano e não os objectos do pensamento, não admira que aos olhos dos teólogos e filósofos passasse por culpado de ateísmo (descrença em qualquer Deus).
Deste modo, não só influenciou a evolução de todas as correntes de pensamento posteriores como as orientou num sentido que, cem anos mais tarde, terminou com a “Crítica da Razão Pura” de Kant e com o Século das Luzes. Perante a importância deste facto há tendência para relegar para o esquecimento, como meras curiosidades, outros pormenores do seu trabalho. Assim, concebia o corpo humano como uma máquina complicada, cujo órgão de comando era a alma pensante situada na glândula pineal (ou epífise que se situa entre os dois hemisférios do cérebro).
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